Acessibilidade, transparência e competência devem marcar nova gestão do DCE da UPF
Diálogo constante é uma das diretrizes que a presidente Larissa Gehlen Pedro pretende ter como foco
Com uma postura aberta ao diálogo e com planejamento efetivo na implementação de propostas de transformação, assumiu, em junho, o grupo eleito para a gestão 2015/2017 do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade de Passo Fundo (UPF). Escolhidos para representação estudantil em maio, a presidente Larissa Gehlen Pedro e sua equipe de trabalho buscam agora o fortalecimento da entidade e o trabalho em prol dos acadêmicos. Acadêmica do curso de Engenharia Civil, Larissa construiu três pilares aos quais pretende dar base ao trabalho que será desenvolvido pelo Diretório: acessibilidade, transparência e competência. Com as propostas de campanha como diretrizes que vão nortear as ações ao longo dos próximos dois anos, a gestão está estruturada para que possa manter um diálogo aberto e constante entre os pares que compõe o universo acadêmico.
Conforme a presidente, para os próximos dois anos de gestão o foco é realizar 100% das propostas que foram construídas pela equipe e apresentadas durante o processo eleitoral. Algumas metas, segundo ela, serão prioridade e iniciam já neste semestre e, outras, serão desenvolvidas ao longo da gestão. “De forma urgente, temos a obrigação de mudar a imagem do DCE. Temos esse problema, que o aluno não se identifica com o Diretório e nossas ações serão focadas para que o estudante perceba que o DCE mudou, que está com uma estrutura diferente, que o modo de trabalho é outro e vamos tentar sanar os problemas que os estudantes vem encontrando. A longo prazo, queremos atender àquilo que propomos”, salienta.
Academia x sociedade
Com o propósito de incentivar a transformação social, a gestão do DCE pretende mobilizar os acadêmicos, para que possam atuar como agentes transformadores. Para isso, serão criadas campanhas permanentes, relacionadas a todas as áreas que compreendem a sociedade. “Vemos a universidade como um espaço de discussão de formação, por isso, propomos criar discussões na área de racismo, LGBT e violência contra a mulher, em campanhas com cunho humanitário e oferecer espaço para debate sobre temas polêmicos e atuais, como a maioridade penal, ou, ainda, estar à frente do Plano Municipal de Educação”, pontua Larissa.
Dentre as propostas de cunho social está o projeto “Força Tarefa”, que busca integrar as Empresas Juniores, Escritórios Escolas, Escolas Modelos e os Projetos de Extensão, além de voluntários interessados em participar de ações que gerem resultados para a comunidade. “Nossa intenção é ir na comunidade local e regional para desenvolver algum trabalho social envolvendo a área técnica de formação do estudante. Assim, de forma efetiva, poderemos mudar a realidade da cidade”, explica.
Movimento estudantil
A simpatia ao movimento estudantil iniciou quando a acadêmica atuou junto ao Colegiado da Engenharia Civil e, posteriormente, trabalhou como voluntária em uma Semana Acadêmica e em outras atividades do Diretório Acadêmico da Faculdade de Engenharia e Arquitetura (Dafear). Junto a uma equipe, concorreu às eleições e, em 2014, esteve à frente do Dafear. “O trabalho à frente do DA foi fundamental. Tivemos a sorte de juntar uma equipe bem preparada que buscou alinhamento e trabalhou de forma quase exemplar. Essa experiência foi imprescindível”, afirma Larissa.
Conforme ela, a gestão do Dafear, assim como será a do DCE, foi pautada com base nos princípios de acessibilidade, transparência e competência. “Todos os acadêmicos precisam sentir-se bem dentro do DCE, abertos para falar com qualquer representante da entidade, também, temos que trabalhar de forma transparente e os alunos precisam saber o que vem sendo realizado na UPF e, por fim, a competência é fundamental, pois é preciso fazer, mas fazer bem feito”, destaca.
De acordo com Larissa, a fórmula já foi utilizada junto à outras entidades em que esteve presente e, segundo ela, todas alcançaram bons resultados. “Das 52 propostas do nosso material de campanha do Dafear, cumprimos 49, com essas três vias pautando o trabalho. Não sabemos trabalhar de outro jeito que não com acessibilidade, transparência e competência”, define.
Diálogo constante
Os espaços de discussão que são promovidos pela reitoria da UPF são reconhecidos pela gestão do DCE, que pretende aproveitar a postura adotada pela gestão da Universidade e seguir em diálogo aberto. Para Larissa, estar à frente do DCE é um desafio e, mais do que isso, uma grade responsabilidade representar os diferentes perfis que compreendem o universo acadêmico.
Algumas ações já tiveram início e, uma delas, compreende a padronização das carteiras estudantis para o modelo nacional da União Nacional dos Estudantes. Na opinião dela, serão dois anos com demandas que irão obrigar o DCE a mudar sua postura “Nossa gestão se dará em um momento de crise e estamos com alguns desafios pela frente, mas nos preparamos para conseguir riscar todas as nossas propostas e fazer com que o ambiente dentro da universidade seja favorável a todos, tanto para os acadêmicos quanto para o professor”, conclui a presidente do DCE.